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Projetos que elaborei enquanto estive na direção do SRBM

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE HÍDRICA


CONCEPÇÃO GERAL DO PROJETO

Aproveitamento de feições topográficas e acidentes geológicos extremamente favoráveis, existentes na cota 100 do terreno do Sítio Roberto Burle Marx, para, de maneira muito econômica, dotar a unidade de um reservatório a céu aberto que asseguraria o abastecimento de água durante o período de seca.

JUSTIFICATIVA

O principal acervo do Sítio Roberto Burle Marx está vivo também no sentido biológico do termo. Aqui, ao longo de 45 anos, Roberto Burle Marx organizou e preservou uma das mais importantes coleções botânicas do mundo, seja pela quantidade de indivíduos, seja pela diversidade das espécies preservadas, muitas das quais correm perigo de extinção, pois vieram de lugares que hoje estão devastados. O aumento desse acervo botânico, tanto pela inclusão de novas espécies como pelo crescimento e multiplicação das plantas, é diretamente proporcional à necessidade de água. Além disso, o projeto de criação do Parque Roberto Burle Marx em área anexa, já aprovado pelo DEPROT e pela 6ª SR, e outros possíveis projetos futuros, também exigirão volumes hídricos crescentes. Um novo reservatório é indispensável para assegurar o suprimento e evitar perdas irreversíveis. A existência de uma fonte, de uma vertente num vale e de uma grande rocha que, com alguma vedação adicional, pode bloquear momentaneamente o fluxo do córrego e transformar o vale num reservatório quase natural, poucos metros acima do nível da cisterna existente, permitem solucionar com facilidade e economia esse problema, aproveitando todo o encanamento já instalado. Tendo em vista que a cisterna atual apresenta, com freqüência cada vez maior, insuficiência para as regas de manutenção, é injustificável o desperdício de tão propícias conformações geológicas e topográficas na solução demandada. O investimento é mínimo, comparado com a ampliação da capacidade hídrica resultante. Dada a crescente demanda de água, a aparente diminuição da pluviosidade nos últimos tempos e a crônica escassez de mão de obra, este projeto assume cada vez mais importância com o passar do tempo. Além de aumentar a segurança na manutenção do internacionalmente famoso acervo tombado, é pré- requisito para uma futura automatização da irrigação, que liberaria da tarefa de regar as plantas, em dois dias na semana, para outros serviços a totalidade dos jardineiros, o que significa aumentar essa mão de obra em 40% sem contratação alguma. É oportuno lembrar que unidade tem hoje apenas 16 jardineiros para uma área de 365.000 m².

CARACTERIZAÇÃO DA AÇÃO

Ação preventiva para evitar a falta de água e a conseqüente perda de espécimes do patrimônio botânico e natural.

AÇÕES

1.    Reservatório

1.1.  Cálculo – avaliação das cargas e das resistências envolvidas na instalação do reservatório para assegurar, com o maior volume hídrico possível, a estabilidade da grande rocha que formará praticamente sozinha o corpo do dique.

1.2.  Projeto – definição da forma e estrutura do reservatório com detalhamento da parte hidráulica, isto é, tubulações de ligação com a cisterna, drenos, válvulas e filtros, apresentados sob a forma gráfica.

1.3.  Execução

1.3.1.    construção do dique aproveitando a rocha.

1.3.2.    colocação de canos para a cisterna e instalação de filtros

1.3.3.    retirada da vegetação na área a ser inundada

2.    Caixa d’água – projeto de pequeno reservatório junto à uma nascente localizada em cota mais elevada para tornar possível a irrigação por gravidade de áreas situadas acima do reservatório.

2.1.  Execução

2.2.  Colocação de tubulação e pontos de água.

3.    Cisterna

3.1.  Cobertura com laje, de forma retangular, criando um balanço mínimo de 20cm em relação às paredes e prevendo a carga para futura instalação de lanchonete.

3.2.  Reabertura do antigo dreno para limpeza da cisterna

4.    Irrigação

4.1.  Extensão da canalização de 2” com canos de 1½”.

4.2.  Colocação de pontos de água para instalação de mangueiras.

4.3.   Restauração do sistema de irrigação existente. - Alguns pontos ao longo da antiga canalização são dotados de mangueiras fixas acopladas a válvulas especiais, idealizadas para serem abertas com um simples deslocamento lateral da mangueira, feito naturalmente pelo jardineiro ao iniciar a rega. Este item consiste em restaurar as válvulas desgastadas e recolocar ou substituir todas as mangueiras dessas válvulas.

2 comentários:

  1. Para evitar essa falta de água vocês podem fazer captação de água de chuva através dos telhados para uma caixa d'água e posteriormente bombear a sua água para um local mais alto onde teria uma ou mais caixas d'água de acordo com a demanda para assim favorecer o regamento. Já estão pençando nisso?
    Viva as chuvas!!
    Marcos Dias
    Projeto REMOMA

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    Respostas
    1. Prezado Marcos, obrigado pela sugestão, mas a superfície de telhados do SRBM é ínfima comparada à área que precisa irrigação. A água coletada não seria suficiente. Nosso projeto visa acumular a água que já está na parte alta do terreno e, por isso, também economizaria a energia para bombeá-la. Mas, valeu pela intenção de ajudar.

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